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Você sabe quem é o CORONAVÍRUS?

Sabrina Chelegel e Lea Brenda Krieger
12 mar 2020

revisão textual: Talita V. Braga

Você sabia que coronavírus é uma grande família de vírus que são capazes de causar infecções respiratórias que variam desde um resfriado comum até estados mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS)? A primeira vez que essa família de vírus foi detectada no homem foi em 1937. No entanto, foi apenas em 1965 que o vírus foi descrito com esse nome, decorrente das suas características morfológicas que foram observadas ao microscópio e que apresentam similaridade com uma coroa. Até o momento, os tipos de coronavírus conhecidos são: Alpha coronavírus 229E e NL63, Beta coronavírus OC43 e HKU1, SARS-CoV (causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave ou SARS), MERS-CoV (causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio ou MERS) e COVID-19 (o novo tipo de vírus da grande família coronavírus que está assombrando a população humana esse ano).

A Comissão Municipal de Saúde de Wuhan, na China, relatou um conjunto de casos de pneumonia de etiologia desconhecida, que tinha em comum uma exposição no mercado de frutos do mar da cidade no dia 31 de dezembro de 2019. Prosseguindo com as investigações desses casos, foi identificado um novo coronavírus como agente causador desses sintomas respiratórios, e que ficou conhecido como o responsável por causar a doença COVID-19. Ao contrário do que algumas pessoas deduzem, COVID-19 não é o mesmo que SARS-CoV. Apesar de serem vírus geneticamente semelhantes entre si, esses vírus ainda são bem diferentes, sendo que o SARS-CoV é mais mortal, mas muito menos infeccioso que o COVID-19.

Segundo atualizações da OMS nessas duas últimas semanas, já estão confirmadas cerca de 4.291 mortes ao redor do mundo, contemplando mais de 118 mil casos.

A transmissão da doença costuma ocorrer pelo ar ou pelo contato próximo com secreções contaminadas, como espirros, gotículas de saliva, catarro, tosse e até mesmo contato pessoal com superfícies contaminadas. Não é certo, mas estudos sugerem que os coronavírus, incluindo o vírus COVID-19, podem persistir nas superfícies por algumas horas ou até vários dias, variando conforme as condições do ambiente (tipo da superfície, temperatura ou umidade do ambiente). O risco de contrair COVID-19 de alguém que não apresenta os sintomas é muito baixo. No entanto, muitas pessoas experimentam apenas sintomas leves nos estágios iniciais da doença, sendo possível contraí-la de alguém que tenha, por exemplo, apenas uma tosse leve, sem mal estar significativo.

Foi constatado que o número de países afetados pelo COVID-19 triplicou, sendo que os casos identificados fora da China aumentaram por volta de 13 vezes.

O diagnóstico do COVID-19 é feito a partir da coleta de materiais respiratórios, que são: aspiração das vias aéreas ou indução de escarro. Independente do método usado para realizar a coleta, é importante que sejam providenciadas duas amostras. Aqui no Brasil essas duas amostras são encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública, onde uma é enviada ao Centro Nacional de Influenza e a outra para análise metagenômica (técnica que permite estudar o genoma, que é a identidade genética do vírus, de uma forma mais rápida).

Assim que o vírus chegou ao Brasil, pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz, do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP e da Faculdade de Oxford sequenciaram o genoma do vírus em apenas 48 horas! Em outros países está levando cerca de 15 dias. Essa identificação do genoma do COVID-19 é de grande importância para que se possa compreender melhor como está ocorrendo a sua dispersão pelo mundo e também para que seja possível afirmar que o paciente está doente por causa de COVID-19. Além disso, essas informações auxiliam no desenvolvimento e produção de possíveis tratamentos e vacinas.

Para confirmar se um paciente está com a doença é necessário fazer exames de biologia molecular para identificar o RNA do vírus.

O período de incubação do COVID-19 é de 2 a 14 dias, ou seja, aquele período em que apesar da pessoa já estar infectada ela não apresenta sintomas. Logo depois desse período começam a surgir os primeiros sintomas, que são muitos semelhantes a um resfriado. Além disso, podem surgir outros que até o momento estão sendo utilizados para a suspeita de infecção por COVID-19, são eles: febre, tosse e dificuldade para respirar; já que se trata de uma infecção respiratória. Entretanto, existem casos em que os pacientes permanecem assintomáticos.

Ainda é necessário mais estudos para conhecer melhor a doença e alcançar a criação de uma possível vacina.

Como ainda não há tratamento específico para o COVID-19, a indicação para casos de suspeita ou confirmação da doença é que o paciente fique em repouso e beba bastante água. Para aliviar os sintomas é indicado o uso de antitérmicos e analgésicos. Entretanto sempre é bom lembrar, nada de se automedicar! Procure o posto de saúde mais próximo caso comece a sentir os sintomas. E o mais importante, é muito fácil se prevenir do COVID-19! Para reduzir a transmissão e o número de casos, basta lavar frequentemente e muito bem as mãos com água e sabão e utilizar o álcool em gel 70%. Também é importante que ao tossir ou espirrar você sempre cubra a boca e o nariz (mas evite cobrir com as mãos, ou se o fizer higienize suas mãos logo em seguida), que evite o contato com pessoas que estejam com a suspeita da doença ou que já estejam doentes e até mesmo fique em casa caso você esteja doente. Também é indispensável manter a atenção para as boas práticas de segurança alimentar, como ao manusear carne crua e leite, para que seja evitada a contaminação de alimentos não cozidos, e também evitar o consumo de produtos mal cozidos de origem animal.

Os profissionais da saúde devem usar máscara cirúrgica, luvas, avental e óculos de proteção.

Ministério da Saúde do Brasil, até a tarde desta quinta-feira, dia 12 de março de 2020, contabilizou mais de 70 casos, sendo que os dois primeiros casos vieram da Itália. Você pode ser manter atualizado quanto ao número de casos confirmados no Brasil e no mundo através da Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde, Plataforma IVIS, do Ministério da Saúde (http://plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus/). Ainda, nesta quarta-feira, 11 de março, a OMS (Organização Mundial de Saúde), declarou a pandemia de COVID-19. O termo pandemia se refere quando uma doença já está espalhada por vários continentes e apresenta sua transmissão sustentada entre as pessoas.

Procure se manter sempre informado e siga os conselhos das autoridades locais de saúde, incluindo quaisquer restrições impostas a viagens, movimentação e reuniões.


Referências:
https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/coronavirus
http://plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus/
https://www.who.int/news-room/q-a-detail/q-a-coronaviruses
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/03/11/oms-declara-pandemia-de-coronavirus.ghtml
https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,pesquisadores-brasileiros-sequenciam-genoma-do-coronavirus-identificado-no-pais,70003214162
http://www.saudedoviajante.pr.gov.br/2020/02/94/COVID-19-associado-a-SARS-CoV-2-Mundial.html