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Malária


O QUE É?

A malária humana é uma doença parasitária infecciosa febril aguda.

A História da Doença...

A malária é uma doença que surgiu há séculos e possivelmente acompanha a humanidade desde os seus primórdios. Existem relatos de possíveis infecções humanas causadas por ela há 1.700 A.C.. Hipócrates foi o primeiro a descrever com detalhes os sintomas da doença, mencionando alterações provocadas no baço. Ele também relacionou a doença com a época do ano e os locais que os pacientes frequentavam e onde viviam.

A quinina, princípio ativo da árvore Cinchona spp, foi isolado em 1820 por Pelletier e Caventou, e foi utilizada para tratamento e prevenção da malária durante muito tempo.

Foi examinando o sangue de um paciente com febre há dias em 1880 que se encontrou parasitas dentro dos eritrócitos (glóbulos vermelhos). Prosseguindo com os estudos, em 1886, percebeu-se que existiam pelo menos duas formas da doença, terçã (Plasmodium falciparum) e quartã e que estas produziam diferentes quantidades de novos parasitas, sendo que a febre coincidia com a ruptura dos eritrócitos e liberação dos parasitas para a corrente sanguínea.

Em 1897 descobriu-se que os parasitas podiam ser transmitidos de pacientes infectados para mosquitos e que os mosquitos podiam transmitir parasitas da malária entre pássaros. Dois anos depois foi descrito o ciclo do parasito no homem e no mosquito.

Então em 1922 foi descrita a quarta espécie do parasita, denominada Plasmodium ovale.

...QUEM SÃO OS VILÕES DESSA HISTÓRIA...

Protozoários parasitas sanguíneos do gênero Plasmodium. Quatro espécies utilizam o ser humano quase exclusivamente como hospedeiro intermediário natural: P. falciparum, P. vivax, P. ovale e P. malariae.

...COMO OCORRE A TRANSMISSÃO...

A malária é transmitida por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium. O período de incubação da malária varia de acordo com a espécie de plasmódio. Cabe ressaltar que a malária não pode ser transmitida pela água.

...COMPREENDENDO O CICLO DE VIDA DO PROTOZOÁRIO...

Seguindo as numerações no esquema acima e no texto abaixo é possível compreender como se dá o ciclo de vida do parasito, no caso do protozoário:

O ciclo de vida do parasita envolve dois hospedeiros humanos (1a e 5 – em laranja).

  1. Ao se alimentar de sangue, a fêmea do mosquito Anopheles infectada pelos plasmódios inocula os esporozoítos no primeiro hospedeiro humano (1a).
  2. Os esporozoítos infectam as células do fígado, onde amadurecem para esquizontes. Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos. Essa replicação inicial no fígado é chamada de ciclo exoeritrocítico.
  3. Os merozoítos infectam os eritrócitos, também conhecidos como glóbulos vermelhos ou hemácias. Então, o parasita multiplica-se assexuadamente (o chamado ciclo eritrocítico). Os merozoítos se desenvolvem em trofozoítos. Alguns, então, amadurecem para esquizontes. Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos. Alguns trofozoítos se diferenciam em gametócitos.
  4. Ao se alimentar de sangue, um mosquito Anopheles ingere os gametócitos masculinos (microgametócitos) e femininos (macrogametócitos), dando início ao ciclo esporogônico. No estômago do mosquito, os microgametas penetram nos macrogametas, produzindo zigotos. Os zigotos tornam-se móveis e alongados, evoluindo para oocinetos. Os oocinetos invadem a parede do intestino médio do mosquito, onde se desenvolvem em oocistos. Os oocistos crescem, rompem-se e liberam esporozoítos, os quais se deslocam para as glândulas salivares do mosquito.
  5. A inoculação dos esporozoítos em um novo hospedeiro humano (5) faz perpetuar o ciclo de vida da malária.

...QUAIS OS SINTOMAS ...

Os sintomas mais frequentes incluem:

  • Febre
  • Calafrios
  • Dor de cabeça
  • Mialgias
  • Artralgias
  • Fraqueza
  • Vômito
  • Diarreia

Outras características clínicas incluem:

  • Esplenomegalia
  • Anemia
  • Trombocitopenia
  • Hipoglicemia
  • Disfunção pulmonar ou renal
  • Alterações neurológicas

A apresentação clínica pode evoluir para formas graves potencialmente fatais envolvendo:

  • sistema nervoso central (malária cerebral)
  • insuficiência renal aguda
  • anemia grave
  • síndrome do desconforto respiratório agudo

...ÁREAS DE OCORRÊNCIA...

Observando o mapa abaixo percebe-se que a malária é uma doença de distribuição mundial, sendo mais comum nos países tropicais e subtropicais.

No Brasil encontram-se afetadas todas as áreas dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia e Roraima. Também presente nos estados do Maranhão, Mato Grosso e Pará, com casos raros em suas capitais. Ainda, casos raros nas áreas rurais dos estados do Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí, Tocantins e nas áreas florestais rurais dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

...COMO SE PREVENIR...

A presença dos mosquitos é mais abundante ao entardecer e ao amanhecer. No entanto, picam durante todo o período noturno, em menor quantidade. As principais medidas de prevenção individual são:

  • uso de mosquiteiros;
  • roupas que protejam pernas e braços;
  • telas em portas e janelas;
  • uso de repelentes.

Já as medidas de prevenção coletiva contra malária são:

  • borrifação intradomiciliar;
  • uso de mosquiteiros;
  • drenagem;
  • pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor;
  • aterro;
  • limpeza das margens dos criadouros;
  • modificação do fluxo da água;
  • controle da vegetação aquática;
  • melhoramento da moradia e das condições de trabalho;
  • uso racional da terra.

E se você tomar todos os cuidados e mesmo assim contrair a doença não se desespere, existe tratamento...

...TRATAMENTO

Em geral, quando confirmado o caso de malária, o paciente recebe tratamento ambulatorial, com comprimidos gratuitamente fornecidos em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves recebem hospitalização imediata.

O tratamento indicado depende de alguns fatores: qual a espécie do protozoário infectante; a idade do paciente; condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; além da gravidade da doença.

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Alunos:

Alessandro m. Sloty
Amanda B. Mendes
Eduarda V. Bonatto
Simone T. Grossklaus



Fontes consultadas:
Ciclo de vida do Plasmodium. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/figure/inf_plasmodium_life_cycle_pt.
Esteves, A. L.A. Malária: passado, presente e (que) futuro. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/3548/3/T_AlexandraEsteves.pdf.
Ilustração que mostra o ciclo da transmissão da malária. Disponível em: https://pt.dreamstime.com/ilustra%C3%A7%C3%A3o-que-mostra-o-ciclo-da-transmiss%C3%A3o-mal%C3%A1ria-image104380858.
Malária. Disponível em: https://www.cdc.gov/dpdx/malaria/index.html.
Ministério da Saúde. Malária: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Disponível em: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/malaria.