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Filariose Linfática

A Filariose Linfática também conhecida por Elefantíase é uma doença parasitária causada por um grupo de helmintos Nematoda. No Brasil a espécie responsável por causar a doença é a Wuchereria bancrofti. A doença costuma ser mais incidente em países com alto índice de pobreza e localizados em áreas tropicais e subtropicais, tornando-se um grande problema de saúde publica em diversos países.

Transmissão da Filariose Linfática

A transmissão da doença ocorre através da picada de um mosquito fêmea da espécie Culex quinquefasciatus, que esteja contaminado com larvas do parasita. Os parasitas adultos vivem no sistema linfático de seu hospedeiro humano, e podem viver ali por até oito anos. As fêmeas liberam seus ovos que darão origem a larvas muito pequenas chamadas microfilárias, essas larvas deixam o sistema linfático e migram para o sistema sanguíneo. Durante a noite quando o metabolismo de seu hospedeiro diminui e a ação de insetos que se alimentam de sangue aumenta, como é o caso das fêmeas de muitos mosquitos, as microfilárias migram para regiões mais próximas da pele. Quando um mosquito da espécie Culex quinquefasciatus se alimenta do sangue de uma pessoa infectada, ele acaba ingerindo as microfilárias junto. Após ser ingerida a larva migra do estômago para os músculos do tórax do inseto e inicia seu desenvolvimento que pode durar de 15 a 20 dias. Com seu desenvolvimento completo, a larva migra para o aparelho picador do inseto. Desta forma, quando o mosquito se alimentar novamente de sangue humano as larvas penetram na corrente sanguínea e recomeçam o ciclo, seguindo até o sistema linfático, tornando-se adultas e cerca de oito meses depois as fêmeas começando a depositar seus ovos, dando origem a novas microfilárias. A Figura 1 representa o ciclo de vida do parasita Wuchereria bancrofti.


Figura 1: Representação do ciclo de vida do parasita Wuchereria bancrofti.
Fonte: https://www.tuasaude.com/wuchereria-bancrofti/

Sintomas da Filariose Linfática

Em muitos casos a Filariose não apresenta sintomas, porém ocorrem danos nos vasos linfáticos e no sistema renal do hospedeiro. Quando aparecem, os sintomas mais comuns são os seguintes:

  • Mal estar;
  • Dor de cabeça;
  • Dores musculares;
  • Aparecimento de edemas;
  • Aumento significativo do membro afetado;
  • Em casos mais raros complicações respiratórias.

O estágio de Elefantíase, em que geralmente os membros inferiores apresentam um tamanho acima do normal, ocorre apenas após alguns anos da contaminação. Isso ocorre devido ao acúmulo de vermes no sistema linfático, o que causa uma série de processos inflamatórios e extravasamento do líquido linfático para os tecidos, ocasionando a esclerose da derme.

Prevenção da Filariose Linfática

Não existe um medicamento que seja capaz de prevenir o contágio da doença, porém existem ações que podem auxiliar nessa prevenção. As três ações a seguir buscam evitar o contágio da doença, são elas: tratar todas as pessoas infectadas, controlar a proliferação do inseto vetor da doença e melhoria das condições sanitárias. A primeira ação pode ser executada com o uso de medicamentos específicos para a doença que evita o desenvolvimento de novas microfilárias, diminuindo drasticamente a contaminação de novos indivíduos. A segunda ação não é uma tarefa fácil e necessita da colaboração de todos, tem em vista que o inseto vetor costuma se reproduzir em águas paradas e poluídas, geralmente encontradas nos centros urbanos. O uso de mosquiteiros e repelente também é recomendado em áreas endêmicas da doença, desta forma o contato com o vetor pode ser evitado. A terceira ação se remete a aplicação da educação e do saneamento ambiental, essa ação pode reduzir a incidência do inseto vetor e de outras doenças parasitárias urbanas. Portanto, a luta contra a Filariose Linfática é de todos nós!

Tratamento da Filariose Linfática

O tratamento da Filariose busca alcançar três objetivos principais: A) diminuir o número de mortes de indivíduos já infectados; B) corrigir as alterações causadas pela presença do parasita – como os edemas; e C) impedir a transmissão para novos hospedeiros. Se a doença estiver na sua fase inicial o tratamento com medicamentos devidamente receitados por um médico podem curar a enfermidade. Ao utilizar o medicamento específico para a doença as microfilárias são as primeiras a desaparecerem da corrente sanguínea, já os adultos apresentam maior resistência ao tratamento. Em alguns casos é necessário realizar o tratamento mais de uma vez, em intervalos de seis meses. Porém, quando a doença estiver em um quadro mais avançando como no estágio de Elefantíase, os medicamentos não apresentam grandes efeitos.



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Alunos:
André Luis de Souza
Danrlei Leandro Kayser



Fontes consultadas:
CDC - Center for Disease Control and Prevention. Parasites – Lymphatic Filariasis. 2020. Disponível em: https://www.cdc.gov/parasites/lymphaticfilariasis/index.html Acesso em: 10 jun. 2020.
NEVES, D.P. et al. Parasitologia Humana. 11 ed. São Paulo: Atheneu, 2005.